Os paulistanos da banda Thalion iniciaram as atividades em meados de 2001 e estabilizaram a formação com Rodrigo Vinhas 
( Guitarra ), David Shalom ( Baixo ), Fábio Russo ( Guitarra ), Alexandra Liambos ( Vocal ) e Gian Scairato ( Bateria ). A banda faz um Heavy Metal com influências progressivas e melódicas com destaque para o vocal feminino, que dá todo o diferencial ao grupo. Com apenas dois anos de estrada o Thalion assinou atualmente contrato com a gravadora Hellion Records e promete para 2004 o lançamento do seu debut álbum, trabalho este que será realizado por um time competente como Philip Colodetti ( Shaman, Kamelot ) na produção e capa de Isabel de Amorim ( Shaman, Angra ). Conversamos com Rodrigo e Fábio, guitarristas que tocaram na V Edição do Monsters of Poços
( leia resenha )

 

Rock On Stage: Primeiramente eu vi que vocês são bem jovens e já com o circuito de shows legais, qual a faixa de idade de vocês? 

Rodrigo: Entre 17 e 21 anos. 

Rock On Stage: Vocês estão com pouco tempo de estrada, com dois anos, mais precisamente e já conseguiram assinar com a Hellion Records e já vão lançar o álbum em 2004. Qual o conceito lírico do álbum? 

Rodrigo: O disco fala sobre a história de uma pessoa, é como uma auto biografia de uma menina, ela vai contando a vida dela desde que ela tinha seis anos de idade até uns vinte e dois anos, aí acontece uma mudança muito drástica na vida dela e a história vai contando como ela começa reagir a isso.

Rock On Stage: E  justamente por ter  vocal feminino, isso já ajuda na parte lírica também, por se tratar de uma menina, certo?

Rodrigo: Ajuda bastante, por isso mesmo que é uma menina, se fosse um cara cantando, o personagem seria um homem.  

Rock On Stage: Qual foi o critério de escolha, no caso de vocal feminino, tinha que ser vocal lírico, podia ser vocal normal?

Rodrigo: A gente tentou escolher uma coisa que mesclasse entre o lírico e o normal, pra ficar uma coisa mais diferente das bandas atuais, porque tem poucas que tocam progressivo e melódico com vocal feminino, mas foi mesmo pra diferenciar das outras.

Rock On Stage: As músicas Follow The Way e Maze of Sorrow são uma grande prova disso, pois o som da banda está entre um heavy metal melódico e progressivo. Esse estigma de melódico atrapalhou ou algum dia atrapalhou, vocês assumem isso com naturalidade, até por que houve uma época no Brasil em que heavy melódico era tachado como clichê, como tem sido pra vocês?

Rodrigo: Nunca atrapalhou, eu acho, porque a gente sempre se preocupou em fazer uma coisa diferente, não clichê, como você mesmo falou. Então quando a gente começou com essa formação atual, a gente já vinha mesclando um melódico com progressivo, pra justamente ficar uma coisa diferente.

Rock On Stage: Falando em progressivo e melódico, quais são as influências da banda?

Rodrigo: Angra, Dream Theater, Shaman, música clássica, jazz. O leque é bem grande porque a gente tenta não se prender a uma coisa, até coisa fora de metal, abrangendo música de todo lugar como  música oriental, flamenca, árabe, tentando mesclar tudo dentro do metal (R.O.S. Vocês são estudiosos de música então), todo mundo da banda estuda bastante, vai viver de música, eu estou indo pro terceiro ano de faculdade de música, o baterista também.

Rock On Stage: Qual o significado do Nightwish na vida de vocês, até por tocarem Sacrament of Wilderness, que a gente pode comprovar agora a pouco no show de vocês?

Rodrigo: Na verdade a gente não é muito influenciado pelo Nightwish, não é uma banda que a gente seja fãs, é que como nosso trabalho é muito voltado à música própria a gente toca poucos covers, então a gente escolheu um que ficasse bem parecido com o original, por causa do timbre da Alexandra, então não dava pra gente tocar um cover do Dream Theater, que ia ficar muito diferente, às vezes a galera não aceita, e como a gente só toca um cover, resolvemos fazer esse do Nightwish.

Rock On Stage: Não seria má idéia fazer um Dream Theater,  ou quem sabe outro som, com voz feminina?

Rodrigo: A gente tocava Fatal Tagedy do Dream Theater, mas a galera aceitava mal, antes da gente começar a tocar, pelo fato de ser uma menina cantando, então vendo, até por essa experiência de tocar várias vezes, que não era muito legal.

Rock On Stage: Rolou um certo preconceito?

Rodrigo: Não é um preconceito, mas o pessoal estranhou porque o cara canta, aí vem a menina e canta e fica meio diferente, eu acho que foi por isso que eles estranharam, pelo fato de vocal feminino mesmo.

Rock  On Stage: E rolou aquele festival da Hellion na Via Funchal com Sagitta, Perpetual Dreams, rolou este festival?

Rodrigo:
Na verdade não foi na Via Funchal, foi numa outra casa na zona leste de São Paulo, que era muito menor na verdade. Rolou, mas foi meio ruim, teve alguns problemas, a intenção do pessoal do Sagitta, que estava fazendo foi legal, mas foi cair no mesmo dia do Deep Purple ( confira como foi ), isso acabou atrapalhando bastante o público.

Rock On Stage: Gostaria de agradecer vocês, a banda está de parabéns pela atitude de palco que vocês tem, o som está super legal e queria que vocês deixassem uma mensagem pro site Rock On Stage.

Rodrigo:  Queria agradecer a todos que estão lendo o que a gente está falando, obrigado pelo interesse em  nosso trabalho. A gente gostaria de falar que o nosso disco vai sair em março de 2004 pela Hellion, quem vai fazer a capa é a Isabel de Amorim que também fez a capa do Rebirth do Angra, com o Philip Colodetti produzindo, a gente está vendo se vai mixar na Alemanha ou não, mas março de 2004 está nas lojas. Obrigado mais uma vez pela entrevista.

Site: www.thaliononline.com.br
E-mail:  contato@thalion.com   

 

Por Pedro Araújo
Colaboração: Renato Manca
Web-Design: Fernando

 

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