Realizada durante a 7a Festa Rock em Itapira/ SP - Sábado dia 09 de Agosto no Centrão Clube em Itapira SP

 

Rock On Stage: Estamos aqui com o pessoal do Collapse NR:  
Tomaz –
bateria
Jaime –
guitarra
Donega –
vocal
Marcelo –
baixo

Rock On stage: Queria saber como estão as expectativas para o tão aguardado “Faces of Exploration”   ( leia resenha aqui  ), que é o novo cd de vocês?

Tomaz: Bom, o Faces of Exploration está sendo aguardado faz muito tempo, foi um trabalho de um ano e meio, foi produzido com muito carinho e profissionalismo, a gente espera que assim que estiver nas lojas, no lançamento a gente possa estar profissionalizando cada vez mais, e lutando pelo underground.

Rock On Stage: Houve um atraso em relação ao lançamento, eu sei que já “encheu o saco” essa pergunta, mas o que realmente aconteceu?

Jaime: Pela demora do cd, a gente ter de disponibilizar de datas para ir até São Paulo, a ida e vinda, a gente não tinha todo o tempo disponível para ir pra lá, então era nos fins de semana que a gente ia. Tudo gravado, tudo bonitinho, teve a gravação do vídeo clip que deu uma atrasada no cd e também essa lei nova anti pirataria que rolou e deu uma “embaçada”, mas agora mais um mês e já está na praça. 

Rock On Stage: E como foi a gravação do clip? Foi gravado em Mogi Mirim, correto?

Donega: É,  foi gravado ali no Morro Vermelho, ia ser um shopping ali, aí pararam de construir e ficou só um terrenão com uns pilares, lugar bem loco aí a gente ao invés de ir pra São Paulo, resolveu gravar aqui mesmo.
Jaime:
A gravadora autorizou né, a gente ia gravar em São Paulo, a gente falou pro pessoal da Tumba Records se a gente podia achar um melhor lugar, mais perto daqui, aí eles deram carta branca e acabou rolando lá e foi do caralho.

Rock On Stage: Eu sei que foram horas de gravação, eles trouxeram todo o aparato possível para gravar o clip. Quantas horas duraram?

Tomaz: Foram aproximadamente doze horas de gravação, todos nós ficamos doentes com a insolação, a gente teve que ficar  todo esse tempo gravando debaixo de sol, desde manhã até as sete horas da noite pra depois o resultado ser de três minutos e quarenta finais. Mas foi legal, o local foi muito bem escolhido e tem tudo a ver com a temática da letra da música, um local que dizem ser até mesmo assombrado porque ocorreu lá um brutal assassinato, mas caiu como uma luva e a gente está apreensivo com a estréia desse clip logo, na MTV e na Rede Cultura, além é claro dos canais que possam divulgar, e também estará como faixa multimídia do cd.

Rock On Stage: A parte lírica de Faces of Exploration trata a exploração de menores. Que outras temáticas são abordadas?

Marcelo: A gente aborda os sistemas, como exploração de crianças, racismo. É legal que a gente na hora de compor as letras, pensa num tema e manda bala.
Jaime: A temática do som é protesto legal.
Tomaz: A temática do cd é bem forte, a versão da violência, e muitas bandas falam da violência, sobre crime, mas é uma outra visão, é de quem realmente sentiu na pele, sobre como é toda a face da brutalidade, insanidade e da perversão humana. A gente fala nesse cd como forma de repressão que o ser humano a cada dia que passa ao invés de evoluir ele involui, mergulhando nesse mundo e nessa grande degradação humana.

Rock On Stage: Eu sei que é mentira, mas, pra encerrar o assunto em relação a “tretas”, queria que vocês falassem sobre esses comentários que rolam, de que vocês são arrogantes e queria que explicassem pra gente.

Tomaz: A partir do momento que você faz sua correria, tem “nego” que vem falar bosta de você. É muito fácil nego ficar falando merda, ao invés dele por a mão na cabeça, arregaçar as mangas e ir trabalhar. Quando a gente começou a gravar nossa primeira demo, que é uma demo tosca, gravado em dois canais no fundo da casa do Marcelo, todo mundo deu risada, todo mundo falou que não ia dar em nada. O resultado é que temos duas mil demos vendidas, tocamos por vários locais do Brasil, por tudo isso, e o pessoal fala mal porque quer, a gente não é ignorante, inclusive até no nosso merchandise, todo mundo que nos shows pode ver, a gente não vende só material do Collapse NR, mas material de todas as bandas da região, todas as bandas que são camaradas, a gente não ganha nada com isso, só como forma de divulgação, esse lance de falar mal da gente é pura ignorância inveja. Pau no cú desses caras.

Rock On Stage: E tem a camaradagem de estar ajudando outras bandas também, não é mesmo.

Tomaz: Com certeza.
Jaime: Só para ressaltar, eu acho que as bandas que falam mal, a gente quer parar com isso com essas merdas e arregaçar, se você quer, tem que ir atrás do seu sonho, a gente está está indo atrás e está conseguindo com bastante luta e respeito, a gente é respeitado pra caralho e deve parar essas molecagens, pra mim é moleque cara, vamos parar com isso aí...

Donega: É porque ninguém vê na real mesmo o trampo que a gente dá, os anos que se passaram, o suor que a gente teve, a gente rala pra caramba, investindo 100 % na banda e depois os caras vêem e falam mal, na verdade ninguém sabe na real o que rola.
Marcelo: A gente quer trabalhar com total profissionalismo como uma profissão qualquer, a gente tem nossa profissão, tem nosso sonho de trabalhar com profissionalismo e que a maioria das bandas às vezes deixa um pouco de lado, ser profissional naquilo que faz.

Rock On Stage: E como está sendo esta feliz parceria com a Tumba Records?

Tomaz: A Tumba Records está investindo pra caramba na gente, estão dando todo o apoio, vestindo a camisa conosco, tudo que a gente fala eles assinam embaixo, é uma grande parceria com certeza.

Rock on Stage: Queria que vocês dividissem a lembrança com a gente do ano de 2001 que vocês ficaram praticamente todos os fins de semana, tocando em vários festivais, inclusive no Tributo ao Sepultura em São Paulo. Como foi?

Jaime: O Tributo ao Sepultura foi pra gente o “top”, a gente não esperava, porque as bandas que participaram são bandas de gravadora, já tem álbuns lançados e vendidos e fomos a única banda convidada tendo apenas uma demo. A gente agradece muito o Toninho, presidente do fã clube do Sepultura, que convidou a gente e foi muito orgulho, representar o Sepultura.

Rock On Stage: Com a faixa Escape to the Void?

Tomaz: Escape to the Void, Attitude do Roots, Alterade State do Arise e Revolt do Nation, versão Collapse NR.

Rock On Stage: O espaço de festivais já está sedimentado, você acha que está rolando legal, é independente a cena, é uma das maiores do Brasil mesmo?

Tomaz: A nossa região, eu tenho visto por estar organizando há alguns anos, a dois anos com o pessoal da Festa Rock, aqui em Itapira, o Revolution Metal Fest na Estiva, são todos eventos que a gente começou engatinhando e a cada dia que passa a gente cresce mais com o profissionalismo, cresce mais por estar fazendo a coisa da maneira certa todas as bandas no seu devido lugar tanto na matéria de respeito como de falta de respeito, a gente bola os cronogramas pra serem respeitados, para que não aconteça como em alguns festivais que algumas bandas prejudicam as outras, estouram o tempo, isso é uma criancice tremenda. A gente está lutando, tenho certeza que a nossa região, o eixo Mogi Mirim, Mogi Guaçú, Espírito Santo do Pinhal, Itapira, São João da Boa Vista e Estiva Gerbi é um dos maiores eixos do metal no estado de São Paulo, não tenho dúvida alguma nisso, tanto de público fiel, quanto de organização.

Rock On Stage: Deixo pra vocês as considerações finais, deixo os parabéns pelo profissionalismo de vocês e que continuem na estrada e deixem uma mensagem pra galera do Rock On Stage e para os fãs do Collapse NR.

Tomaz: A gente fica muito feliz de estar conversando com vocês, a gente tem um carinho muito especial pelo pessoal de Pinhal e região que tem sido muito legal coma gente, tem pessoas que nos apedrejam assim como pessoas como vocês que sempre nos dão força e são nossa a grande inspiração pra gente tocar, com certeza. Mando um grande abraço a todo mundo, pau no cu de quem fala mal, essas pessoas vão sempre ser importantes pra gente também, quem fala mal e não gosta da gente, porque são subjetivos das nossas inspirações e são pessoas que nos fazem cada dia mais ter vontade de crescer e lutar.

Jaime: Eu queria agradecer a todo mundo que ajuda a gente, a vocês. É Pinhal, Mogi Guaçú, Itapira, região. É Curitiba, BH, Vitória, todo os lugares que a gente passou, queria agradecer a todo mundo mesmo. E esse lance de falar mal já virou uma temática, Collapse NR, os cuzão, os estrela, vamos parar com isso aí, toda banda sonha em um dia gravar uma demo, gravar um álbum, gravar um vídeo clip e nós conseguimos, acho que a gente merece um pouquinho de respeito e atitude que essa molecada não tá tendo, só estão a fim de zoar a gente, mas não rola, estamos aí, Faces of Exploration pra detonar... Valeu todo mundo.
Marcelo: Queria agradecer a todo mundo que curte a gente , principalmente a mídia, que são vocês que sempre estão chamando a gente. Queria agradecer ao Fábio que é um puta produtor. Ciero, Tchelo, galera da Tumba que está dando aquela força mesmo, tá o regaço, tá no power.

Donega: Eu quero agradecer vocês que sempre dão aquela força para as bandas e pra gente. Muito obrigado a todo mundo e não tem mais nem o que falar porque os caras já falaram tudo ( risos gerais ).

Tomaz: A gente espera poder tocar em Pinhal de novo, foi do caralho, já estamos sabendo que em novembro rola o ABSOLUTE ( confira aqui como foi o Collapse NR no I Absolute Metal Festival ) de novo ( nota de edição, calma pessoal !!!! .... ) , vamos estar lançando o Faces of Exploration  no III ABSOLUTE METAL FESTIVAL, em Pinhal. Um abraço e underground na veia!!!

Por Pedro Araujo
Colaboração: Renato Manca

 

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