Realizada durante a 7a Festa Rock em Itapira/ SP - Sábado dia 09 de Agosto no Centrão Clube em Itapira SP

 

Rock On Stage: Estamos aqui na 7a Festa Rock ( leia como foi ) , rolando em Itapira, e esse é o site www.rockonstage.50megs.com e estamos aqui com a banda Seventh Seal com:

Ricardo Busato : sou guitarrista
Guilherme Busato:
Baixista  


Rock On Stage: Então vamos começar a debulhar as perguntas: Como surgiu a idéia da capa do álbum Premonition, ela passa uma mensagem de dualidade ? Céu, inferno e conseqüentemente uma coisa meio profana, é essa idéia?   
Ricardo:
Foi meio assim, que a gente queria apresentar a banda, pra galera assim né, e o Seventh Seal representa o apocalipse, só que na nossa visão, não tem nada a ver com a parte da religião ou qualquer coisa, simplesmente  resolvemos que o seria apocalipse. Sei lá meu, não é só o bem e o mal  representando o demônio e anjo,  é uma representação de todo ser humano da parte boa e ruim, só isso. 

Rock On Stage: E como foi tirado aquela gravura  ? 
Ricardo:
Aquilo foi um amigo do nosso vocalista, o Ricardo Peres, um amigo dele  que é grafiteiro faz umas coisas assim mais amadoras, mas ele desenha muito bem, e  pintou o quadro. Pela idéia que o Ricardo passou dessa dualidade e ele pintou foi chegando nesse resultado,  gostamos e fizemos a capa do disco.
Rock On Stage: Ficou bem bacana.

Rock On Stage: O tema Premonition tem a ver com o fim dos tempos, o começo da era apocalíptica ou também há uma experiência pessoal nesta parte ?  
Guilherme: Premonition
pode dizer várias coisas, desde o tempo que demorarmos e que achamos que era só uma premonição, que iria sair o cd, que não saia nunca.  Desde que a gente achar que alguma coisa sempre vai acontecer, premonição também é o próprio lançamento da banda.

Ricardo: É também pra seguir um pouco o lance da capa né meu, como foi a apresentação, premonição,  final do mundo, sei lá tudo misturado esse assunto, então foi essa idéia passar o cd inteiro em uma palavra só, claro que né, tem muita coisa no cd fora esse lance apocalíptico aí.

Rock On Stage: Foi uma idéia espontânea?  
Ricardo :
Foi meio espontânea, assim,  falamos mas não nos apegamos a nenhuma idéia fixa, foi uma representação da nossa idéia. 

Rock On Stage: Qual foi o impacto, do lançamento do Premonition, já que há muito tempo não havia uma banda de metal tradicional com um punch igual ao que  vocês tem ? Músicas como Evil Love, Tornado  e Seventh Seal, são grandes exemplos disso.  
Ricardo:
Meu, esses sons a gente tocava há muito tempo e com o passar do tempo ficamos como uma identidade meio tradicional, mas o som de influência tem parte metal como Judas Priest, de heavy metal mesmo, tem parte de Death Metal, de thrash  que a gente gosta. Ainda mais na época que a gente compôs pro Premonition, aquilo ali é uma representação de tudo que escutávamos quando éramos mais novos.  E a gente tá sempre buscando trabalhar isso. O  nosso segundo CD vai mostrar muita coisa nova pra galera aí. 

Rock On Stage: E o impacto do lançamento, qual foi a resposta ?  
Ricardo:
Pelo que a gente soube,  teve muita resposta positiva, um tanto de mensagem no site, a galera mandou carta pra gente, até  nos permitiu ir em alguns programas de rádio independente, muito pessoal pela parte de internet no site, inclusive assim o contato que tivemos  com vocês por aqui, então isso aí, meu, ficamos felizes. Sabe tem muita gente que não gosta de nós aí queremos firmar isso aí cada vez mais . O impacto  foi muito bom, sabemos que teve bastante e-mail da Europa e do Japão, não temos esse controle, mas sim  a nossa gravadora, nossa antiga gravadora. Sabemos por fora pela resposta de alguns fãs que  temos uma galera que gostam da gente por aí, e o impacto foi muito bom. 

Rock On Stage: Existe algum contrato para Europa ou para o Japão?  
Ricardo:
O contrato que temos é de distribuição e lançamento por lá, não temos nada previsto e agora vamos trabalhar na idéia do segundo CD. Pra esse cd tudo vai depender da conversa da gente com a gravadora também. Daí pra frente provavelmente conseguiremos alguma coisa lá fora sim.

Rock On Stage: Quanto a  sonoridade, creio que a maior influência seja Judas Priest. Estou certo? E o que vocês estão achando da volta do Halford e a ida do Ripper ao Iced Earth?  
Guilherme:
O Judas Priest, com certeza muita gente nos comparam com algumas coisas, com certeza. Mas a gente tem muita influência na banda, desde Slayer, Megadeth, como  já falamos antes, mas com certeza tem uns lances de Judas né meu.

Ricardo: E a volta do Halford né meu, é sempre bom, que o cara é parte do Judas Priest e canta pra caralho.  

Rock On Stage: E o caso do Ripper, a ida dele ao Iced Earth, o que vocês acham?  
Ricardo:
Eu gosto do Iced Earth, e acho que os caras ganharam pra caralho com o Ripper indo pra banda, acho que o Halford vai ter que cantar pra caralho senão o Iced Earth vai aparecer muito mais.

Rock On Stage: Na faixa Lost in Time há uma participação especial do vocalista  Mário Linhares. Como rolou o convite, e o que vocês acham do Dark Avenger ( confira aqui mais Dark Avenger ) ? Ricardo: Eu gosto pra caralho de Dark Avenger, acho que tudo mundo da banda Seventh Seal tem a mesma opinião que eu, é uma banda que gostamos  muito. Na minha opinião é a banda nacional que eu mais gosto. Meu, e a participação dele foi que que nós já tocamos com ele em 97, acho que em 98 no ABC, a gente abriu o show deles lá em São Bernardo, e trocamos uma idéia com os caras, gostamos, trocamos cd naquela época, assim, e ficamos  amigos por correspondência. E achamos que aquele som tinha umas partes que tinha tudo a ver com a voz dele. Foi uma honra meu, o cara cantar no nosso cd, foi uma coisa do caralho.

Guilherme: Amizade mesmo.

Rock On Stage: Vocês acham que eles são uma banda injustiçada  ?  
Ricardo:
Meu, acho que se for falar sobre isso aí vou ser um idiota, porque todo mundo no Brasil pode falar a mesma coisa, todo mundo que tá lá atrás, que for competente, tem um monte de banda por aí, todo mundo reclama disso, mas a gente tá lutando aí meu, e o que nós conseguirmos mudar, temos que tentar, por mais que seja injustiçado, todo mundo acha que se sente um pouco, mas todo mundo quer viver daquilo que gosta de fazer, mas enquanto não dá, pelo menos na parte que fazemos como banda estamos bastante felizes e queremos que isso cresça muito mais agora.

Rock On Stage: Um dos pontos interessantes do álbum de vocês talvez seja a parte lírica, a sonoridade, que tanto tem partes de " baladas " e tem também aquela parte mais melódica de heavy metal tradicional. Essa é a diferença de vocês para outras bandas ?  
Ricardo:
Então meu, tem muita gente ainda que fala que parecemos até heavy metal melódico, e até a influência, não tem muito o que falar sobre isso, acho que a gente tem a nossa personalidade. O próximo CD tá vindo, mais pesado, o instrumental tá pesadíssimo, estamos trabalhando na melodia, e claro que gostamos, a melodia faz parte né meu, mas o peso tá muito assim na cara.

Guilherme: A gente quer falar que não foi forçado, foi uma coisa natural e tipo fizemos uma balada, porque ficou legal, ficou boa, e quisemos colocar  no CD. Se nós fizéssemos uma balada legal pra caralho também  estaria nesse CD novo. Então é uma coisa assim, se ficar legal a gente não pensa muito, que se a música for boa põe no CD.

Rock On Stage : E tinha a ver com o contexto lírico do álbum também  ?  
Guilherme:
Também tem a ver com a parte lírica do álbum também.

Rock On Stage: Então vocês já deram uma idéia do próximo álbum. Vocês estão terminando a Premonition Twine Tour, há uma previsão de lançamento ? 
Ricardo:
Estamos com a Frontline Rock, uma gravadora que  não tá há muito tempo no mercado mas que tá com um trabalho legal. Já estamos na parte de pré-produção das músicas do próximo CD, já estão todas compostas, estamos finalizando os arranjos e talvez...eu não vou afirmar nada... mas a gente tem uma data, que até antes do final do ano, já devemos ter acabado de gravar o disco. É tudo questão de a gente afirmar agora o produtor, o estúdio, já tem muita gente na cabeça, mas acho que em 2 meses já deve estar gravado o CD.

Rock On Stage: Depende muito de dinheiro também, que é uma coisa complicada no Brasil. Para estar  lançando o CD é complicado, não é mesmo ?  
Ricardo:
Isso com certeza é complicado, como eu falei, a gente tem muita sorte de estar com essa gravadora, a Frontline, que deu um puta de um apoio pra gente, pelo menos até agora não temos nada do que reclamar, e se tudo der certo, conforme estamos esperando a gente vai entrar pra gravar o CD, e aí tudo de acordo com o possível, vai ser com certeza a nossa melhor álbum até agora. Está tudo nas mãos de gente profissional, com a gravadora também.

Rock On Stage: É sempre assim, no segundo álbum de uma banda há sempre maior a expectativa do que no primeiro, há sempre uma melhora ?  
Ricardo:
Isso, acho que depois que você apresenta seu som, principalmente para quem gostou, pra quem ouviu alguma coisa, ou esperava alguma coisa a mais, o segundo CD todo mundo espera que seja um trabalho que, principalmente no nosso caso, a gente acha que o amadurecimento da banda tá inegável. Assim, o amadurecimento musical, as composições novas, estamos gostando muito, do nosso entrosamento como banda, do nosso baterista que entrou depois do baterista do Premonition, está sendo excepcional pra gente.

Rock On Stage: É isso aí, valeu pela entrevista e queria que vocês deixassem mensagens finais para  galera do Rock On Stage e para galera que é fã do Seventh Seal também.  
Guilherme:
Primeiro agradecer a vocês pela entrevista, muito legal estar aqui em Itapira, está sendo bom demais, tá lotado essa porra, espero que os shows sejam bons e queria avisar a galera, pra quem quiser conhecer mais alguma coisa da banda Seventh Seal pode entrar no site aí, é www.seventhsealmetal.com , tem uns sons para baixar, tem umas fotos da banda e pode se conhecer mais da banda, e vai lá, assina Fast Book ( nota da edição - livro de visitas ) pode xingar, pode fazer o que quiser lá.
Ricardo:
O Guilherme falou quase tudo, só queria falar isso aí, obrigadão pela força aí, e é só disso que a gente vive mesmo cara, dessa força que todo mundo dá assim. 

Rock On Stage: Dessa união né ?  
Ricardo:
O dessa união, meu, a gente, tá feliz pra caralho, de você fazer um som, e de repente alguém vim trocar uma idéia com você. Foda-se o que for, se a pessoa tiver alguma coisa que você acha que  seria melhor trocar, você tem que fica feliz né.



Por Pedro Araujo 
Colaborou Renato

Voltar para Entrevistas