Rock
On Stage: Estamos aqui na 7a Festa Rock ( leia
como foi ) , rolando em Itapira, e esse é o site www.rockonstage.50megs.com
e estamos aqui com a banda Seventh Seal com:
Ricardo
Busato : sou guitarrista
Guilherme Busato: Baixista
Rock
On Stage: Então vamos começar a debulhar as perguntas: Como surgiu a idéia
da capa do álbum Premonition, ela passa uma mensagem de
dualidade ? Céu, inferno e conseqüentemente uma coisa meio profana,
é essa idéia?
Ricardo:
Foi meio assim, que a gente queria apresentar a banda, pra galera
assim né, e o Seventh Seal representa o apocalipse, só que na nossa
visão, não tem nada a ver com a parte da religião ou qualquer
coisa, simplesmente resolvemos que o seria apocalipse. Sei lá meu, não
é só o bem e o mal representando o demônio e anjo, é uma
representação de todo ser humano da parte boa e ruim, só isso.
Rock
On Stage: E como foi tirado aquela gravura ?
Ricardo: Aquilo foi um amigo do nosso vocalista, o Ricardo Peres,
um amigo dele que é grafiteiro faz umas coisas assim mais amadoras, mas ele
desenha muito bem, e pintou o quadro. Pela idéia que o Ricardo passou dessa dualidade e ele pintou foi chegando nesse resultado,
gostamos e fizemos a capa do disco.
Rock On Stage: Ficou bem bacana.
Rock
On Stage: O tema Premonition tem a ver com o fim dos
tempos, o começo da era apocalíptica ou também há uma experiência pessoal
nesta parte ?
Guilherme:
Premonition
pode dizer várias coisas, desde o tempo que demorarmos e que achamos que era só
uma premonição, que iria sair o cd, que não
saia nunca. Desde que a gente achar que alguma coisa sempre vai acontecer,
premonição também é o próprio lançamento da banda.
Ricardo: É também pra seguir um pouco o lance da capa né meu, como
foi a apresentação, premonição, final do mundo, sei lá tudo misturado
esse assunto, então foi essa idéia passar o cd inteiro em uma palavra só,
claro que né, tem muita coisa no cd fora esse lance apocalíptico aí.
Rock
On Stage: Foi uma idéia espontânea?
Ricardo
:
Foi meio espontânea, assim, falamos mas não nos apegamos a nenhuma idéia fixa, foi uma representação da nossa idéia.
Rock
On Stage: Qual foi o impacto, do lançamento do Premonition,
já que há muito tempo não havia uma banda de metal tradicional com um
punch igual ao que vocês tem ? Músicas como Evil Love, Tornado
e Seventh Seal, são grandes exemplos disso.
Ricardo:
Meu, esses sons a gente tocava há muito tempo e com o passar do tempo
ficamos como uma identidade meio tradicional, mas o som de influência tem
parte metal como Judas Priest, de heavy metal
mesmo, tem parte de Death Metal, de thrash
que a gente gosta. Ainda mais na época que a gente compôs pro Premonition,
aquilo ali é uma representação de tudo que escutávamos quando éramos mais novos.
E a gente tá sempre buscando trabalhar isso. O nosso
segundo CD vai mostrar muita coisa nova pra galera aí.
Rock
On Stage: E o impacto do lançamento, qual foi a resposta ?
Ricardo:
Pelo que a gente soube, teve muita resposta positiva, um tanto
de mensagem no site, a galera mandou carta pra gente, até nos permitiu
ir em alguns programas de rádio independente, muito pessoal pela parte de
internet no site, inclusive assim o contato que tivemos com vocês
por aqui, então isso aí, meu, ficamos felizes. Sabe tem muita gente
que não gosta de nós aí queremos firmar isso aí cada vez
mais . O impacto foi muito bom, sabemos que teve bastante
e-mail da Europa e do Japão, não temos esse controle, mas sim a nossa
gravadora, nossa antiga gravadora. Sabemos por fora pela resposta
de alguns fãs que temos uma galera que gostam da gente por aí, e o
impacto foi muito bom.
Rock
On Stage: Existe algum contrato para Europa ou para o Japão?
Ricardo:
O contrato que temos é de distribuição e lançamento por lá, não
temos nada previsto e agora vamos trabalhar na idéia do
segundo CD. Pra esse cd tudo vai depender da conversa da gente com a
gravadora também. Daí pra frente provavelmente conseguiremos alguma coisa lá fora sim.
Rock
On Stage: Quanto a sonoridade, creio que a maior influência seja
Judas Priest. Estou certo? E o que vocês estão achando da volta do
Halford e a ida do Ripper ao Iced Earth?
Guilherme:
O Judas Priest, com certeza muita gente nos comparam com
algumas coisas, com certeza. Mas a gente tem muita influência na banda,
desde Slayer, Megadeth,
como já falamos antes, mas com certeza tem uns lances de
Judas né meu.
Ricardo: E a volta do Halford né meu, é sempre bom, que o
cara é parte do Judas Priest e canta pra caralho.
Rock
On Stage: E o caso do Ripper, a ida dele ao Iced Earth, o que vocês
acham?
Ricardo:
Eu gosto do Iced Earth, e acho que os caras ganharam pra
caralho com o Ripper indo pra banda, acho que o Halford vai
ter que cantar pra caralho senão o Iced Earth vai aparecer muito
mais.
Rock
On Stage: Na faixa Lost in Time há uma participação especial do
vocalista
Mário Linhares. Como rolou o convite, e o que vocês
acham do Dark Avenger ( confira
aqui mais Dark Avenger ) ?
Ricardo:
Eu gosto pra caralho de Dark Avenger, acho que tudo mundo da
banda Seventh Seal tem a mesma opinião que eu, é uma banda que
gostamos muito. Na minha opinião é a banda nacional que eu mais gosto. Meu, e a participação dele foi que
que nós já tocamos com ele
em 97, acho que em 98 no ABC, a gente abriu o show deles lá em São
Bernardo,
e trocamos uma idéia com os caras, gostamos, trocamos cd naquela época,
assim, e ficamos amigos por correspondência. E achamos que
aquele som tinha umas partes que tinha tudo a ver com a voz dele. Foi uma
honra meu, o cara cantar no nosso cd, foi uma coisa do caralho.
Guilherme: Amizade mesmo.
Rock
On Stage: Vocês acham que eles são uma banda injustiçada ?
Ricardo: Meu, acho que se for falar sobre isso aí vou ser um idiota, porque todo
mundo no Brasil pode falar a mesma coisa, todo mundo que tá lá atrás,
que for competente, tem um monte de banda por aí, todo mundo reclama
disso, mas a gente tá lutando aí meu, e o que nós conseguirmos mudar,
temos que tentar, por mais que seja injustiçado, todo mundo acha que
se sente um pouco, mas todo mundo quer viver daquilo que gosta de fazer,
mas enquanto não dá, pelo menos na parte que fazemos como banda estamos bastante felizes
e queremos que isso cresça muito mais agora.
Rock
On Stage: Um dos pontos interessantes do álbum de vocês talvez seja a
parte lírica, a sonoridade, que tanto tem partes de " baladas "
e tem também aquela parte mais melódica de heavy metal tradicional. Essa
é a diferença de vocês para outras bandas ?
Ricardo: Então meu, tem muita gente ainda que fala que parecemos até
heavy metal melódico, e até a influência, não tem muito o que falar
sobre isso, acho que a gente tem a nossa personalidade. O próximo CD tá
vindo, mais pesado, o instrumental tá pesadíssimo, estamos trabalhando
na melodia, e claro que gostamos, a melodia faz parte né meu, mas o peso
tá muito assim na cara.
Guilherme: A gente quer falar que não foi forçado, foi uma coisa
natural e tipo fizemos uma balada, porque ficou legal, ficou boa, e
quisemos colocar
no CD. Se nós fizéssemos uma balada legal pra caralho também
estaria nesse CD novo. Então é uma coisa assim, se ficar legal a gente não
pensa muito, que se a música for boa põe no CD.
Rock
On Stage : E tinha a ver com o contexto lírico do álbum também ?
Guilherme: Também tem a ver com a parte lírica do álbum também.
Rock
On Stage: Então vocês já deram uma idéia do próximo álbum. Vocês estão terminando a Premonition Twine
Tour, há uma
previsão de lançamento ?
Ricardo: Estamos com a Frontline Rock, uma gravadora que não
tá há
muito tempo no mercado mas que tá com um trabalho legal. Já estamos na parte de pré-produção das músicas do próximo CD, já
estão todas compostas, estamos finalizando os arranjos e talvez...eu não vou afirmar
nada... mas a gente tem uma data, que até antes
do final do ano, já devemos ter acabado de gravar o disco. É
tudo questão de a gente afirmar agora o produtor, o estúdio, já tem
muita gente na cabeça, mas acho que em 2 meses já deve estar gravado o CD.
Rock
On Stage: Depende muito de dinheiro também, que é uma coisa
complicada no Brasil. Para estar
lançando o CD é complicado, não é mesmo ?
Ricardo:
Isso com certeza é complicado, como eu falei, a gente tem muita sorte de
estar com essa gravadora, a Frontline, que deu um puta de um apoio
pra gente, pelo menos até agora não temos nada do que reclamar, e
se tudo der certo, conforme estamos esperando a gente vai entrar pra
gravar o CD, e aí tudo de acordo com o possível, vai ser com certeza a
nossa melhor álbum até agora. Está tudo nas mãos de gente profissional, com a
gravadora também.
Rock
On Stage: É sempre assim, no segundo álbum de uma banda há sempre maior a
expectativa do que no primeiro, há sempre uma melhora ?
Ricardo:
Isso, acho que depois que você apresenta seu som, principalmente para
quem gostou, pra quem ouviu alguma coisa, ou esperava alguma coisa a mais,
o segundo CD todo mundo espera que seja um trabalho que, principalmente no
nosso caso, a gente acha que o amadurecimento da banda tá inegável. Assim,
o amadurecimento musical, as composições novas, estamos gostando
muito, do nosso entrosamento como banda, do nosso baterista que entrou depois
do baterista do Premonition, está sendo excepcional pra gente.
Rock
On Stage: É isso aí, valeu pela entrevista e queria que vocês deixassem
mensagens finais para galera do Rock On Stage
e para galera que é fã do Seventh Seal também.
Guilherme:
Primeiro agradecer a vocês pela entrevista, muito legal estar aqui em
Itapira, está sendo bom demais, tá lotado essa porra, espero que os
shows sejam bons e queria avisar a galera, pra quem quiser conhecer mais
alguma coisa da banda Seventh Seal pode entrar no site aí, é www.seventhsealmetal.com
, tem uns sons para baixar, tem umas fotos da banda e pode se conhecer
mais da banda, e vai lá, assina Fast Book ( nota da edição - livro de
visitas ) pode xingar, pode fazer o que quiser lá.
Ricardo: O Guilherme falou quase tudo, só queria falar isso aí,
obrigadão pela força aí, e é só disso que a gente vive mesmo cara,
dessa força que todo mundo dá assim.
Rock
On Stage: Dessa união né ?
Ricardo:
O dessa união, meu, a gente, tá feliz pra caralho, de você fazer
um som, e de repente alguém vim trocar uma idéia com você. Foda-se o
que for, se a pessoa tiver alguma coisa que você acha que seria melhor trocar, você tem que fica feliz
né.
Por
Pedro Araujo
Colaborou Renato
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